quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Exposição de Leticia Parente - Grupo 9 - "Eu, armário de mim"

                       A imagem é a casa. A primeira sequência apresenta quatro performances que provocam e incomodam o espectador desavisado. A exposição aborda questões que vão do Brasil industrial e urbano e ditatorial da década de 70 à situação precária do nordeste deste mesmo Brasil. Isso, sem deixar de expressar a individualidade da artista e a casa que, para Letícia, é o lado de dentro.
                         Para entendermos melhor a obra da artista, devemos analisar algumas de suas performances, de acordo com os temas fundamentais. O primeiro e o segundo, entitulados "Marca registrada" e "Preparação I", respectivamente, criticam o contexto ditatorial na sociedade brasileira através de atos que representam a censura e a a anulação do indivíduo na esfera política, ao simular novos olhos e bocas para sair de casa.
                         As performances seguintes, "Tarefa I" e "In", por sua vez, nota-se uma crítica à sociedade de consumo, uma vez que a representação do "ser passada a ferro" e o "se pendurar no armário" ilustra a coisificação do indivíduo, que passa a ser que possui.
                          A partir daí, a exposição diversifica seus temas, como em "Preparação II", em que a artista injeta em si vacinas anti colonialismo cultural, anti mistificação política e mitificação da arte, referindo-se ao imperialismo, e o vídeos "Nordeste", no qual uma retirante luta contra os problemas - representados por cobras - trazidos em seu baú na migração.
                          Em suma, todos esses elementos encontrados dentro da casa - que não é a casca, mas o lado de dentro da artista - expressam os problemas da sociedade de seu tempo, onde de fato, o testo se faz imagem e a imagem se faz texto.

Grupo: Paula Fernandes
            Paula Moura
            Miguel Moraes
            Lucas
            Ricardo Godot

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olha o que eu achei da postagem: