sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Exposição "Atos de Fala" - Grupo 8

O que é arte? Pergunta recorrente da filosofia. Causa até hoje discussões sobre os limites do desenvolvimento da nossa cultura. Temos diversas opiniões para essa indagação filosófica e também ontológica – uma vez que estuda uma abstração representativa criada pelos homens em busca de autognose – como a teoria da arte de Platão, que definia um padrão estético da arte, como a expressão do que tenta recriar o intangível que é a essência. E por outro lado temos argumentos contemporâneos que definem a arte como: qualquer coisa referente ao homem, e assim, tudo é arte a partir do momento que tudo é expressão. A relativização existe e serve como exercício filosófico para a ampliação da mente e quebra de pré-conceitos estabelecidos por normas nexpandir em termos sociais? A arte é inseparavelmente a transformação de um método em um sentimento ou ideologia, e não a transformação de um sentimento ou ideologia em uma nova construção de método. Se o conceito do que é a arte é perdido, simultaneamente, é perdida a maneira de eleger o que é melhor para o desenvolvimento cultural, social, moral e intelectual de uma pessoa, e assim, também a de uma sociedade em geral, retirando assim da arte sua capacidade formadora - tão importante quanto sua capacidade de expressão pessoal. Postas essas afirmações sobre aquilo que é definido como arte contemporânea, prossigamos à exposição. Na exposição ‘’Atos de Fala’’ – OI Futuro Ipanema 09/09/2011 – três trabalhos foram expostos no salão principal com a participação de uma das realizadoras, Milena Travassos, que tentou explicar sua obra.

No vídeo-ensaio ‘até que você me esqueça’, a realizadora Denise Stutz, utiliza-se do que seria a dança contemporânea para fazer um tributo à sua mãe, portadora de Alzheimer. Usa a edição de vídeo para mostrar a fragmentação mental dos portadores de Alzheimer, pedaços desconexos e uso de ângulos diferentes de gravação.

Em ‘o deus no arroz doce’, o realizador usa fotos e trechos de vídeos de família, para colocar uma cronologia de sua família através de um vídeo. Usando a edição dinâmica para mostrar o fluxo de tempo. Comparado com os outros dois vídeos, o mais bem produzido e preparado.

Em ‘sortilégio’, Milena Travassos tentou, embora sem sucesso, explicar o que pretendia com sua gravação. Entendeu-se algum tipo de ritual simbólico, com ares de feitiço, misturado com o uso de um plano-sequência para mostrar o ponto de vista de alguém como se olhasse na intimidade de seu quarto.

Quanto às palestras performáticas e intervenções, que parecem ser a parte mais substancial do evento, não pudemos vivenciá-las, ficando somente com os três vídeos-ensaios além da conversa com a autora Milena Travassos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olha o que eu achei da postagem: