Ignorando o mercado, ignorando o Estado. O Cinema Marginal, só não ignorou o contexto sócio-político no qual está inserido.
Como descreve o crítico Fernão Pessoa Ramos nos anos de chumbo do regime militar; "gritos de horror gratuito, agonias prolongadas, representações disformes, imagens abjetas, tortura, sangue e dilacerações percorrem a tela de modo reiterado. A representação do universo do desespero é detalhada e descritiva, carregada ao extremo" .
O filme "O bandido da Luz Vermelha" (1968), do diretor Rogerio Sganzerla, é um dos representantes desse movimento. Através de uma linguagem repleta de elementos dramáticos como a narração, a história do assaltante João Acácio Pereira da Costa é contada. Bandido que autuou em São Paulo na década de 1960 traz uma crítica ao sistema. O filme protesto têm suas cenas marcadas pela narração radiofônica e pelo ritmo característico, o fluxo de acontecimentos em diferentes velocidades para recriar o caos da história.
Em uma das cenas o personagem central da trama se define.
A obra provoca uma reflexão sobre o impacto da mídia, da política e da violência na vida das pessoas.
"Quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha e se esculhamba"
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